Tristes tempos de golpe em uma terra de golpes.
Neste país em que os Guarani algum dia formaram uma sociedade que perseguia com determinação qualquer forma de instituição estatal, agora são todas as instituições estatais que perseguem as sociedades. As sociedades de pessoas, as associações de pessoas com plantas, as associações de animais, as aldeias, os quilombos, as comunidades, as redes de computadores e muitas outras estão as voltas com essa perseguição. Perseguição de controle, perseguição de morte. E aqui mesmo por essas terras por onde andavam os Guaranis - ficar parado atrai os estados de Estado - as instituições estatais se proliferam. Elas se espalham como uma praga descontrolada: os três poderes deles se capilarizando em muitos guardas da esquina que ocupam os vãos onde crescia grama, a mídia cobrindo os passos de quem se move no espaço do estado, os aparelhos ideológicos do estado cada dia mais ideológicos em favor dele e cada dia mais aparelhados e mais parecidos com aparelhos de barbear, os aparelhos repressivos do estado que tem cada vez mais não apenas o monopólio da violência de direito mas também de fato já que armas dos estados são cada dia mais potentes, rápidas e assassinas que todas as armas que podem conseguir os que operam para dissolvê-los. E ao seu lado, o mercado provendo a maior parte da comunicação entre as pessoas. Ao seu lado, em um tango estrutural, em um bolero estruturante, em uma relação de predação mútua que dá as cartas no campinho. Uma mão lava a outra. E assim andam pelos golpes afora. Não foi diferente dessa vez.
Neste país em que os Guarani algum dia formaram uma sociedade que perseguia com determinação qualquer forma de instituição estatal, agora são todas as instituições estatais que perseguem as sociedades. As sociedades de pessoas, as associações de pessoas com plantas, as associações de animais, as aldeias, os quilombos, as comunidades, as redes de computadores e muitas outras estão as voltas com essa perseguição. Perseguição de controle, perseguição de morte. E aqui mesmo por essas terras por onde andavam os Guaranis - ficar parado atrai os estados de Estado - as instituições estatais se proliferam. Elas se espalham como uma praga descontrolada: os três poderes deles se capilarizando em muitos guardas da esquina que ocupam os vãos onde crescia grama, a mídia cobrindo os passos de quem se move no espaço do estado, os aparelhos ideológicos do estado cada dia mais ideológicos em favor dele e cada dia mais aparelhados e mais parecidos com aparelhos de barbear, os aparelhos repressivos do estado que tem cada vez mais não apenas o monopólio da violência de direito mas também de fato já que armas dos estados são cada dia mais potentes, rápidas e assassinas que todas as armas que podem conseguir os que operam para dissolvê-los. E ao seu lado, o mercado provendo a maior parte da comunicação entre as pessoas. Ao seu lado, em um tango estrutural, em um bolero estruturante, em uma relação de predação mútua que dá as cartas no campinho. Uma mão lava a outra. E assim andam pelos golpes afora. Não foi diferente dessa vez.
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