I've finished today the writing of A Diáspora da Agência, my book with Jadson Alves. Of course, there are still bits and pieces to adjust before sending it to the publisher, but this is the last paragraph as it stands today (exclusive for this blog):
<< No contexto de um renascimento da metafísica, as monadologias oferecem muitos atrativos. Primeiro, elas exploram a ideia de que interações sociais contam alguma coisa importante sobre a co-existência das coisas. Segundo, elas são ontologias da agência e como tal pensam a ação como um ingrediente do mundo. O espaço que elas ocupam entre posturas acerca da agência é aquele que os agentes são a fonte da agência e, portanto, são distintos do resto do mundo – além de distintos uns dos outros. Os agentes são individuados porém não independentes uns dos outros; nem há uma prioridade do todo social da co-existência e nem uma prioridade dos agentes individuais independentes. Terceiro, elas tematizam o outro como elemento metafísico fundamental. A co-existência é inextrincável da agência e portanto de acontecimentos, estados, qualidades e relações. Quarto, elas apresentam o universo como inter-animado, como composto de uma trama de agentes em diáspora, em que há pouco ou nada que seja inerte e meramente governado. Esse atrativo das monadologias adquire diversas formas e se intensifica na trajetória da clausura à hospitalidade – das mônadas de Leibniz à monadologia de fragmentos. Nessa última, a inter-animação se dá através de outras mônadas que afetam, no tempo presente, o fundo da agência; elas interrompem composições, apelam contra propósitos, demandam respostas. De um modo geral, as monadologias são atraentes como alternativas a um inanimismo metafísico que postula um mundo de fatos, elementos constituídos sem constituintes, estados de coisa que se mantém por si próprios e que existem imunes a todo o resto. E é precisamente por isso que acreditamos que elas têm um futuro como horizonte metafísico para pensar a agência e a animação. Esse horizonte pode abrigar diferentes postulações – como aquela de um desígnio de um arquiteto supremo de um lado e aquela da hospitalidade com respeito ao outro que co-existe. Essa maleabilidade que concilia diferenças específicas sem comprometer os atrativos gerais propicia uma fertilidade – monadologias provam que podem responder à pressões oriundas, por exemplo, de maneiras alternativas de conceber a agência. É essa fertilidade que nos permite entender que outras alternativas, diferentes das consideradas aqui, são também possíveis. É o horizonte das monadologias tal como esse livro procurou considerar que permite que acreditemos que há ainda monadologias ainda por vir. >>
<< No contexto de um renascimento da metafísica, as monadologias oferecem muitos atrativos. Primeiro, elas exploram a ideia de que interações sociais contam alguma coisa importante sobre a co-existência das coisas. Segundo, elas são ontologias da agência e como tal pensam a ação como um ingrediente do mundo. O espaço que elas ocupam entre posturas acerca da agência é aquele que os agentes são a fonte da agência e, portanto, são distintos do resto do mundo – além de distintos uns dos outros. Os agentes são individuados porém não independentes uns dos outros; nem há uma prioridade do todo social da co-existência e nem uma prioridade dos agentes individuais independentes. Terceiro, elas tematizam o outro como elemento metafísico fundamental. A co-existência é inextrincável da agência e portanto de acontecimentos, estados, qualidades e relações. Quarto, elas apresentam o universo como inter-animado, como composto de uma trama de agentes em diáspora, em que há pouco ou nada que seja inerte e meramente governado. Esse atrativo das monadologias adquire diversas formas e se intensifica na trajetória da clausura à hospitalidade – das mônadas de Leibniz à monadologia de fragmentos. Nessa última, a inter-animação se dá através de outras mônadas que afetam, no tempo presente, o fundo da agência; elas interrompem composições, apelam contra propósitos, demandam respostas. De um modo geral, as monadologias são atraentes como alternativas a um inanimismo metafísico que postula um mundo de fatos, elementos constituídos sem constituintes, estados de coisa que se mantém por si próprios e que existem imunes a todo o resto. E é precisamente por isso que acreditamos que elas têm um futuro como horizonte metafísico para pensar a agência e a animação. Esse horizonte pode abrigar diferentes postulações – como aquela de um desígnio de um arquiteto supremo de um lado e aquela da hospitalidade com respeito ao outro que co-existe. Essa maleabilidade que concilia diferenças específicas sem comprometer os atrativos gerais propicia uma fertilidade – monadologias provam que podem responder à pressões oriundas, por exemplo, de maneiras alternativas de conceber a agência. É essa fertilidade que nos permite entender que outras alternativas, diferentes das consideradas aqui, são também possíveis. É o horizonte das monadologias tal como esse livro procurou considerar que permite que acreditemos que há ainda monadologias ainda por vir. >>
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