Terminei a última seção essa tarde e escrevi assim: Os animismos são em geral exercícios de ressuscitamentos políticos. Trata-se de exercícios de descolonização, mas também de ampliação do âmbito do político deixando de lado a suposição de que há blocos apolíticos de inanimação com os quais só se pode negociar desde o lado de fora. Nesse sentido, são desnaturalizações do direito, não em favor de um direito positivo constituído, mas que façam prevalecer os momentos de constituição mesma de um direito. Assim, o movimento do ressuscitamento talvez seja um movimento que tenha que vir de muitas direções, das direções que estão sendo reanimadas. Trata-se de pensar no corpo em seus múltiplos pequenos movimentos que podem ser ecoados ou suprimidos. O corpo, ou o mundo animado, demanda uma escuta. Uma escuta de sujeitos entre assujeitados, uma escuta anciã e também ciborgue. E além da escuta, uma amplificação. Tatsumi Hijikata, um dos mais extremos inventores da dança butô, procurou entender ...
A blog around metaphysics as a project and its cosmopolitical import. It favors a broad, non-parochial, multidimensional and thoroughly poly-stylistic image of philosophy.