Last Wednesday we finally launched a version of the Brasilia School Manisfesto:
Manifesto da Escola de Brasília
À uma escola que não há
Falta uma citação de Nicolas Behr
A Escola de Brasília não existe. Nem pretende existir. E, não obstante, ela pensa, perambula, mostra os dentes, gargareja. Ela é menos que uma semi-existência lusco-fusca, mas que fica à sombra de um estado de coisas em que a filosofia é tomada como produto importado defunto. A Escola de Brasília não opina que a filosofia seja um produto (se bem que ela tenha produtos) e menos ainda que ela seja importada – ela cresce no mato – e muito menos ainda que ela seja defunta – ela germina, ainda que suas primeiras folhas as vezes pareçam folhas de plástico. A Escola de Brasília, não-existência, é uma resistência. (E também uma insistência e uma abertura para a desistência).
Ela não esquece que a filosofia tem histórias. E marcas. E cicatrizes. E reflexos condicionados. Mas tenta tratar estes vestígios de muitas maneiras diferentes – reverenciá-los, sim, mas também retocá-los, escamoteá-los, escondê-los, esquecê-los, coçá-los, maquiá-los, diluí-los. É que a Escola acalenta começos. O que começa não é decerto tabula rasa – tem filiação, genótipo, ancestralidade – e, no entanto, nasce com alguma leveza. A Escola acredita que a filosofia se reinventa a cada gesto, a cada ato, a cada obra.
A filosofia não tem forma fixa – ela não é um gênero, ela faz gênero já que é do tipo das coisas que pairam, que vagam, que buscam sempre seu corpo. A filosofia é feita por eixos monumentais, pavimentados, sinalizados, iluminados; mas também por picadas no cerrado, estradas de chão, atalhos, becos. É certo que ela se banha em tradição – e por isso a Escola de Brasília quer a multiplicação dos cânones: que eles se proliferem, que germinem e frutifiquem. É preciso que se encontre outros cânones, e outros e ainda outros – que se invente novos, que se forje tradições. O pensamento precisa poder inaugurar uma cidade em um planalto a cada sinapse. A Escola está afiliada ao gesto de inaugurar. Ela torce pela filosofia que abre caminhos, que se reinventa e que é fiel a suas histórias futuras.
A Escola de Brasília não é uma disseminação indiscriminada de iconoclastia. A equiparação de todos os valores por uma escala esquálida lhe interessa pouco. Que fiquem abertas as portas – sobretudo para quem examina, com qualquer grau de subserviência, os fios soltos das tradições estabelecidas. No entanto, merece atenção o ímpeto da filosofia de germinar gêneros. A filosofia tem esse ar de desbravamento, o ar daquilo que ainda não tem contornos porque não foi ainda pensado com todas as letras. A filosofia é um amontoado de problemas, causas, aporias, perplexidades, desequilíbrios, atritos, situações-limites, especulações, tormentas e espantos que ainda não têm endereço certo.
A Escola de Brasília é avessa ao auto-apagamento diante das autoridades da filosofia – e assim também avessa a herdarmos dos personagens canônicos os interditos, as artimanhas e o sotaque para nossas empreitadas filosóficas. Ela quer, antes, cultivar a ousadia de quem tenta viver em um aglomerado urbano sem esquinas, sem nomes de rua, sem passado. Ela aposta na coragem de quem cultiva um afeto por esta coisa fugidia, disforme, precária, indisciplinada e transformista que é a sabedoria.
Tampouco pode a filosofia ter pretensões à pureza. Ela se imiscui, se adentra, invade os terrenos que não são seus e, em câmbio, é constantemente contaminada, infectada, assombrada por outras preocupações e outros ritmos. A filosofia é também exercício de acoplamento. A Escola de Brasília quer vê-la impura, contagiada, cheia de nódoas e marcas que venham dos bueiros por onde ela se rastejou. Proclamamos o direito da filosofia de estar manchada de sua proveniência na política, nas etnografias, na física, na taxonomia, na anatomia, no cinema, na álgebra, na dança ou nas histórias contadas. Não há nenhum padrão de auto-suficiência a ser almejado – a filosofia não é independente de todo o resto, mas depende de todo o resto já que permeia tudo.
A filosofia, declara a Escola de Brasília, habita nos meandros. E porque os vestígios de sua impureza não podem ser apagadas, a filosofia não pode se tornar um método algorítmico e menos ainda uma atividade profissional bem-definida sem que seja expurgada de algumas de suas partes centrais. O disciplinamento da filosofia só é possível se a substituirmos por um arremedo, por um Ersatz que deixe de fora os elementos arredios que, no entanto, fazem o viço mesmo da empreitada. Pureza e disciplinaridade só podem ser alcançadas a um custo que a Escola conclama que não se pague.
Como uma Escola que não existe, a Escola de Brasília contrasta com aquilo que existe – e, se existisse, seria ser o completamente outro. Não uma instituição, não uma disciplina, nem um modo de vida – mas um gesto. Sem a universidade, sem os departamentos de filosofia como eles são hoje, e como eles são hoje no Brasil, não seria possível uma definição (resistente - insistente - desistente) da Escola. É que a Escola, não existindo, habita os vales das ribanceiras da filosofia profissional. (A Escola de Brasília propõe-se resgatar a autoralidade da filosofia num país onde ela é não apenas desencorajada, mas declarada impossível e arrogante quem a tenta. Sim ao experimentalismo de estilos e pensares num ambiente onde pensar por si mesmo está fora de qualquer projeto subsidiado, onde o projeto é, pelo contrário, jamais ser autor).
Ninguém é da Escola de Brasília o tempo todo – já que o nada não pode ser tudo. Ninguém é canibal, (iconoclasta, pederasta), acadêmico, tributável ou fútil 24 horas por dia. Nem nós, pedaços de inexistência que assinam pela Escola. Nossa inexistência é cortesia das universidades que existem – a Escola inexiste academicamente, e gosta disso. É uma inexistência pour autrui. Os outros lhe concedem seu nada. Provisoriamente. Na Escola só há temporários, aqueles que em suas horas vagas encontram alguma maneira sonora de insistir em tudo aquilo que a universidade poderia ter sido e não foi. O não-ser permeia também os planos como aqueles que tentaram outras universidades, outros departamentos, outros ensinos de filosofia. A Escola de Brasília não dá diplomas
A Escola de Brasília se insere no princípio do século XXI e é herdeira dos movimentos de reconstrução e desconstrução da filosofia que aconteceram nos últimos séculos. Ela entende que os caminhos ficaram abertos para grandes empreitadas do pensamento – tal como advoga a presente virada especulativa que não se peja de buscar inspiração na literatura fantástica, de Lovecraft à Reza Nigarestani, e quer extender o benefício até Samuel Rawett. A Escola de Brasília é uma escola do cerrado, que aprende a subsistência com a seca, e responde na chuva, florescendo pensamento multiforme. Porque se situa num ecossistema único e devedor de outros, também únicos, que o alimentam; também o cerrado, por sua vez, produz subsistência e abundância, excesso para outros ambientes.
Situada, a Escola pode ser encontrada em todas as latitudes e longitudes onde se possa perambular em Brasília (tesourinhas, bueiros, pistões, quadras, eixos, estradas-parques). Ama as pausas do concreto, os espaços abertos, os terrenos baldios, as propriedades em disputa, tudo o que não está ainda construído, onde possa abrigar-se; também ama os becos e subsolos, os cobocós, e aquelas trilhas que insistem em indicar que há outros caminhos que não as poucas e quebradas calçadas pois é nas fissuras e imprevistos que tem alguma chance de surgir. Surge onde há brecha para insurgir.
Inexistente, não cessa de pulsar e espernear, engendrando subjuntivos entre o passado ensaiado e o futuro repetido. Precária, da cabeça aos pés, o que poderia ensinar? Estilos de pensamento, os errôneos, os erráticos, os que erradicam o bom-senso institucionalizado. A Escola de Brasília quer ser um avatar contra a miudeza da profissionalização da filosofia para garantir sua pluralidade, sua abertura, sua amplitude e sua incorrigível cacofonia.
Addendum ao já bastante inexistente
A Escola de Brasília não é nova, não está nascendo agora; já faz tempo que ela vem não existindo, que alastra insistentemente a sua teimosa não existência. Muita filosofia foi não produzida nesse tempo, amparada na dimensão desistente da Escola de Brasília; pois nem tudo o que é pensável se deixa legar.
Mas os possíveis - embora improváveis - membros da Escola de Brasília não precisam mostrar credenciais de produtividade; entrando na Escola, não terão que fazer absolutamente nada que já não façam em suas vidas filosóficas corriqueiras. Não entram eles na Escola de Brasília, mas a Escola de Brasília entra neles. O que eles fizerem em filosofia será já, ipso facto, obra da Escola. Todos seus futuros movimentos pensantes serão automaticamente gestos e atitudes da tal Escola. A Escola não organizará cursos, seminários, encontros, congressos, simposios, aulas magistrais ou saraus filosóficos. Mas, apesar disso, se mostrará evidente, com o passar do tempo, que desde sempre pertencemos à uma Escola que não existe.
Manifesto da Escola de Brasília
À uma escola que não há
Falta uma citação de Nicolas Behr
A Escola de Brasília não existe. Nem pretende existir. E, não obstante, ela pensa, perambula, mostra os dentes, gargareja. Ela é menos que uma semi-existência lusco-fusca, mas que fica à sombra de um estado de coisas em que a filosofia é tomada como produto importado defunto. A Escola de Brasília não opina que a filosofia seja um produto (se bem que ela tenha produtos) e menos ainda que ela seja importada – ela cresce no mato – e muito menos ainda que ela seja defunta – ela germina, ainda que suas primeiras folhas as vezes pareçam folhas de plástico. A Escola de Brasília, não-existência, é uma resistência. (E também uma insistência e uma abertura para a desistência).
Ela não esquece que a filosofia tem histórias. E marcas. E cicatrizes. E reflexos condicionados. Mas tenta tratar estes vestígios de muitas maneiras diferentes – reverenciá-los, sim, mas também retocá-los, escamoteá-los, escondê-los, esquecê-los, coçá-los, maquiá-los, diluí-los. É que a Escola acalenta começos. O que começa não é decerto tabula rasa – tem filiação, genótipo, ancestralidade – e, no entanto, nasce com alguma leveza. A Escola acredita que a filosofia se reinventa a cada gesto, a cada ato, a cada obra.
A filosofia não tem forma fixa – ela não é um gênero, ela faz gênero já que é do tipo das coisas que pairam, que vagam, que buscam sempre seu corpo. A filosofia é feita por eixos monumentais, pavimentados, sinalizados, iluminados; mas também por picadas no cerrado, estradas de chão, atalhos, becos. É certo que ela se banha em tradição – e por isso a Escola de Brasília quer a multiplicação dos cânones: que eles se proliferem, que germinem e frutifiquem. É preciso que se encontre outros cânones, e outros e ainda outros – que se invente novos, que se forje tradições. O pensamento precisa poder inaugurar uma cidade em um planalto a cada sinapse. A Escola está afiliada ao gesto de inaugurar. Ela torce pela filosofia que abre caminhos, que se reinventa e que é fiel a suas histórias futuras.
A Escola de Brasília não é uma disseminação indiscriminada de iconoclastia. A equiparação de todos os valores por uma escala esquálida lhe interessa pouco. Que fiquem abertas as portas – sobretudo para quem examina, com qualquer grau de subserviência, os fios soltos das tradições estabelecidas. No entanto, merece atenção o ímpeto da filosofia de germinar gêneros. A filosofia tem esse ar de desbravamento, o ar daquilo que ainda não tem contornos porque não foi ainda pensado com todas as letras. A filosofia é um amontoado de problemas, causas, aporias, perplexidades, desequilíbrios, atritos, situações-limites, especulações, tormentas e espantos que ainda não têm endereço certo.
A Escola de Brasília é avessa ao auto-apagamento diante das autoridades da filosofia – e assim também avessa a herdarmos dos personagens canônicos os interditos, as artimanhas e o sotaque para nossas empreitadas filosóficas. Ela quer, antes, cultivar a ousadia de quem tenta viver em um aglomerado urbano sem esquinas, sem nomes de rua, sem passado. Ela aposta na coragem de quem cultiva um afeto por esta coisa fugidia, disforme, precária, indisciplinada e transformista que é a sabedoria.
Tampouco pode a filosofia ter pretensões à pureza. Ela se imiscui, se adentra, invade os terrenos que não são seus e, em câmbio, é constantemente contaminada, infectada, assombrada por outras preocupações e outros ritmos. A filosofia é também exercício de acoplamento. A Escola de Brasília quer vê-la impura, contagiada, cheia de nódoas e marcas que venham dos bueiros por onde ela se rastejou. Proclamamos o direito da filosofia de estar manchada de sua proveniência na política, nas etnografias, na física, na taxonomia, na anatomia, no cinema, na álgebra, na dança ou nas histórias contadas. Não há nenhum padrão de auto-suficiência a ser almejado – a filosofia não é independente de todo o resto, mas depende de todo o resto já que permeia tudo.
A filosofia, declara a Escola de Brasília, habita nos meandros. E porque os vestígios de sua impureza não podem ser apagadas, a filosofia não pode se tornar um método algorítmico e menos ainda uma atividade profissional bem-definida sem que seja expurgada de algumas de suas partes centrais. O disciplinamento da filosofia só é possível se a substituirmos por um arremedo, por um Ersatz que deixe de fora os elementos arredios que, no entanto, fazem o viço mesmo da empreitada. Pureza e disciplinaridade só podem ser alcançadas a um custo que a Escola conclama que não se pague.
Como uma Escola que não existe, a Escola de Brasília contrasta com aquilo que existe – e, se existisse, seria ser o completamente outro. Não uma instituição, não uma disciplina, nem um modo de vida – mas um gesto. Sem a universidade, sem os departamentos de filosofia como eles são hoje, e como eles são hoje no Brasil, não seria possível uma definição (resistente - insistente - desistente) da Escola. É que a Escola, não existindo, habita os vales das ribanceiras da filosofia profissional. (A Escola de Brasília propõe-se resgatar a autoralidade da filosofia num país onde ela é não apenas desencorajada, mas declarada impossível e arrogante quem a tenta. Sim ao experimentalismo de estilos e pensares num ambiente onde pensar por si mesmo está fora de qualquer projeto subsidiado, onde o projeto é, pelo contrário, jamais ser autor).
Ninguém é da Escola de Brasília o tempo todo – já que o nada não pode ser tudo. Ninguém é canibal, (iconoclasta, pederasta), acadêmico, tributável ou fútil 24 horas por dia. Nem nós, pedaços de inexistência que assinam pela Escola. Nossa inexistência é cortesia das universidades que existem – a Escola inexiste academicamente, e gosta disso. É uma inexistência pour autrui. Os outros lhe concedem seu nada. Provisoriamente. Na Escola só há temporários, aqueles que em suas horas vagas encontram alguma maneira sonora de insistir em tudo aquilo que a universidade poderia ter sido e não foi. O não-ser permeia também os planos como aqueles que tentaram outras universidades, outros departamentos, outros ensinos de filosofia. A Escola de Brasília não dá diplomas
A Escola de Brasília se insere no princípio do século XXI e é herdeira dos movimentos de reconstrução e desconstrução da filosofia que aconteceram nos últimos séculos. Ela entende que os caminhos ficaram abertos para grandes empreitadas do pensamento – tal como advoga a presente virada especulativa que não se peja de buscar inspiração na literatura fantástica, de Lovecraft à Reza Nigarestani, e quer extender o benefício até Samuel Rawett. A Escola de Brasília é uma escola do cerrado, que aprende a subsistência com a seca, e responde na chuva, florescendo pensamento multiforme. Porque se situa num ecossistema único e devedor de outros, também únicos, que o alimentam; também o cerrado, por sua vez, produz subsistência e abundância, excesso para outros ambientes.
Situada, a Escola pode ser encontrada em todas as latitudes e longitudes onde se possa perambular em Brasília (tesourinhas, bueiros, pistões, quadras, eixos, estradas-parques). Ama as pausas do concreto, os espaços abertos, os terrenos baldios, as propriedades em disputa, tudo o que não está ainda construído, onde possa abrigar-se; também ama os becos e subsolos, os cobocós, e aquelas trilhas que insistem em indicar que há outros caminhos que não as poucas e quebradas calçadas pois é nas fissuras e imprevistos que tem alguma chance de surgir. Surge onde há brecha para insurgir.
Inexistente, não cessa de pulsar e espernear, engendrando subjuntivos entre o passado ensaiado e o futuro repetido. Precária, da cabeça aos pés, o que poderia ensinar? Estilos de pensamento, os errôneos, os erráticos, os que erradicam o bom-senso institucionalizado. A Escola de Brasília quer ser um avatar contra a miudeza da profissionalização da filosofia para garantir sua pluralidade, sua abertura, sua amplitude e sua incorrigível cacofonia.
Addendum ao já bastante inexistente
A Escola de Brasília não é nova, não está nascendo agora; já faz tempo que ela vem não existindo, que alastra insistentemente a sua teimosa não existência. Muita filosofia foi não produzida nesse tempo, amparada na dimensão desistente da Escola de Brasília; pois nem tudo o que é pensável se deixa legar.
Mas os possíveis - embora improváveis - membros da Escola de Brasília não precisam mostrar credenciais de produtividade; entrando na Escola, não terão que fazer absolutamente nada que já não façam em suas vidas filosóficas corriqueiras. Não entram eles na Escola de Brasília, mas a Escola de Brasília entra neles. O que eles fizerem em filosofia será já, ipso facto, obra da Escola. Todos seus futuros movimentos pensantes serão automaticamente gestos e atitudes da tal Escola. A Escola não organizará cursos, seminários, encontros, congressos, simposios, aulas magistrais ou saraus filosóficos. Mas, apesar disso, se mostrará evidente, com o passar do tempo, que desde sempre pertencemos à uma Escola que não existe.
Desde meu terrível cansaço se insinua algum medo perante o “eu” que os pensamentos podem tecer. Da certeza de que um nada subjaz a cada passo e da dança com suas possibilidades, eu ensaio pequenos gestos, pequenos experimentos, mas também explosões e irreconciliações. As pequenas diferenças coagulam, coabitam, comerciam, e instauram tensões; coisas se desfazem um dia, devêm trajetórias e me capturam; no outro sou eu quem as reduzo e novamente um pequeno “eu” vem se sentar à mesa comigo. É tempo de escrita.
ReplyDeleteA Escola de Brasília há de ser a impossibilidade, o “Lamento das Coisas”, a cobrança por todas as promessas não cumpridas, pelas alianças abortadas, terra ressequida que desaparece e reaparece em poeira por todos os lados... Mas também o dia esperado, a primeira chuva da estação, terra rolando na enxurrada, cidade devindo espessa, esponjosa, ar úmido que nos gruda no ambiente. E tudo isto sem mediações. A cada vez um lance absurdamente particular, sempre muito deixado de fora, a desfazer nossas continuidades.
Saudações guerrilheiras!