Skip to main content

Posts

Showing posts from November, 2019

A moral do começo - Lançamento na sexta-feira 13

A MORAL DO COMEÇO: SOBRE A ÉTICA DO NASCIMENTO Um livro de Hilan Bensusan, Julio Cabrera e Ana Miriam Wuensch Com posfácio de Ondina Pena Pereira LANÇAMENTO E DEBATE Apresentação do livro seguida de diálogos Sexta-feira 13 de dezembro à partir 19:00 (O Fran´s não fecha) Piso superior do FRAN'S café da 205 sul. O NASCIMENTO ENTRE A ÉTICA E A VIDA Surgido de um debate entre Hilan Bensusan após a procriação e Julio Cabrera avesso a qualquer natalidade, A moral do começo é um debate sobre a moral do nascimento. Ele se prolonga em direção aos já nascidos discutindo as teses de Ana Miriam Wuensch sobre ser natal. O livro se conclui com um texto de Ondina Pena Pereira que discute se o nascimento é mesmo uma questão de ser ou não-ser.

The Great Outdoors and Geist

Been exploring the conflict between the general (cosmopolitical) tendencies of envisaging a future by entrenching humans in this planet or, in any case, in their territory on the one side and accelerating or intensifying a drive towards the artificial, the detterritorialized, the alien. The two cosmopolitical parties are, among many things, stances that arise from a rejection of human exceptionalism. Reza Negarestani argues that the best way to depart from the fixation on the human is neither to dissolve human features in what is also common to other animals, plants or minerals - the animist or the geontological line where humans are pictured as part of a somewhat panpsychist universe where they enjoy no special status - nor to produce artificial devices that will be the successors of humans in some sense while keeping their nature unchallenged. Negaretani rather chooses the Hegelian path of betting on the Geist as an abyss of negativity that permanently challenges not only human natur

A vida sem incumbências e a infância das máquinas

Texto das conversas oportunistas na UFRGS em Porto Alegre semana passada. Seguiu-se uma discussão incrível. A vida sem incumbências e a infância das máquinas Hilan Bensusan Gostaria de construir uma espécie de fábula – uma narrativa que fosse ao mesmo tempo uma parábola e uma teoria. Aliás duas, duas fábulas – ou duas parábolas (ou talvez paródias), duas teorias. Gostaria que fossem fabulações sobre hoje; ou seja, ao mesmo tempo acerca do presente, que é composto sempre pela iminência do futuro próximo, composto por sua vez pela iminência de futuros mais longos e longínquos que só podemos antever nas entrelinhas dos calendários que registram como páginas em branco aquilo que do passado ainda vai se repetir. Fabular e confabular, assim eu entendo, é um tráfico entre passados e futuros, entre catástrofes – os colapsos do passado no presente – e anástrofes –os colapsos do futuro no presente. Fazer teorias é conjurar catástrofes e anástrofes, conciliar memória e vidência, resquíci

Os partidos cosmopolíticos

Apresentei estes dois partidos cosmopolíticos na reunião do GT (Ontologias contemporâneas) em Porto Alegre semana passada: Cosmopolítica geral e cosmopolítica restrita do animismo e do inumanismo Hilan Bensusan O tema rilkeano: anjos (máquinas) e animais, quem nos escuta? Quem escutamos? Entendo a cosmopolítica como filosofia habitada. Ou, para usar a imagem de Marianne Moore já bem usada por Roy Wagner, trata-se dos sapos reais que estão dentro de toda imaginação filosófica. Esses jardins imaginários chancelam certos hábitos e excluem outros. Cosmos – kosmein é dispor, ou preparar – apela para uma arena onde cabe ordenar, e a ordem das coisas é o que está em um jogo político. O habitat é o lugar do hábito, da habitação, do habituado – o oikos, e também a sua manutenção. A cosmopolítica é sempre econômica (ou ecológica) e é sobre ou lar, ou o habitat. É sobre o habitat que é construído: construir um mundo, mas também construir uma maneira de tratá-lo, sustentá-lo e colocá-lo e

The Serres gambit (as philosophy)

Reading Reza Nigarestani describing how the train journey from public language to AI. This journey as any other in philosophy ought to be a tortuous and complicated journey, full of detours and forced stops as much as long waits, a measure of gambling and uncertainty that accompany every step. This is the example set in the Passage Nord-Ouest by Michel Serres. Philosophy in general, if it is worth pursuing, is something like the crossing from the Atlantic to the Pacific through the waters of Canada.